. o amor
. Cá por casa é tudo compli...
. Porque viver é mesmo assi...
. Março
. 2011
. BIRRAS... COISA MAI LINDA...
O C era o meu cão. O cão mais lindo, mais fofo, mais inteligente e meigo que algum dia conheci. Era um Grand Bouvier Suisse lindo... de grande porte... grande demais para o perfil da raça e para a idade!!
Tinha o pêlo curto, preto, ponta do rabo branca, focinho e patas com branco e castanho mel... e muito, muito gorducho (o peso dele andaria à roda dos 60kg... ou mais). Até ao momento da sua partida achou sempre que era bebé, por isso o que mais adorava era colinho, mesmo que apenas ficássemos com a cabeça e patas dianteiras ao nosso colo... o resto não cabia!! Adorava rebolar com o meu pai no chão e brincar "às brigas". Não gostava de ficar na corrente gigante que tínhamos, mas era a única forma de durante o dia poder estar em casa e na rua ao mesmo tempo. Na hora de o soltar para vir connosco para casa era a loucura total!! Comia que nem um doido, adorava tudo, iogurtes e fruta inclusive... e bolachas maria... e nós, mesmo não devendo, às vezes não resistíamos!! O C comportava-se lindamente dentro de casa, pedia para ir à rua, sabia ir sozinho, se bem que a maioria das vezes aproveitava para tentar escapar à vinda para casa e correr para onde não devia... Passeá-lo à trela começou por ser engraçado (pouco tempo), complicado, difícil e acabou por ser impossível! A minha mãe ainda foi arrastada por ele duas vezes e esfolou-se toda.... Aos outros causava respeito e medo, pelo tamanho e pelo tom alto com que ladrava. Mas assim que alguém tinha coragem de se aproximar dele era vê-lo a deitar-se de patas para o ar (nem rebolava, porque estava gordíssimo) à espera de festas naquela barriga branquinha!! O banho era uma aventura, e claro que tomava ele e nós.... Era gigante, mas tinha medo do cãozito minúsculo da vizinha, que até o mordia, imagine-se (o outro pensa que é o rei do bairro), mas quando via cães grandes desatava a correr atrás deles que nem um doido. Deixava que os gatos e os passarinhos comessem e bebessem das suas taças, mas se nós aparecíamos ele ladrava-lhes para nos mostrar como era mauzão!!! Tão tontinho!! Era um friorento, que no Inverno tinha o privilégio de dormir na sala em frente à lareira!! Quando estava doentinho (sofria de um problema nos ossos que piorava com o frio) lá ficava tapadinho com a manta, a exigir comidinha à boca!!
O C foi lá para casa com dois anos. A minha prima não tinha condições para o manter em Lisboa, e eu já o conhecia, os meus pais tinham passado uns dias de férias com ele, não resistiram ao meu pedido! Não é fácil tratar de um animal, principalmente deste tamanho!! O C era tratado como o 5º membro da família, apesar de não ser fácil levá-lo à rua à meia noite nas noites de Inverno....
Quando casei o marido não deixou trazê-lo... acabou por lá meter outro cão, mas isso fica para outro post... o assunto ainda deu brigas e choros. Não veio, ficou com os meus pais e o meu mano, também já estava habituado ao cantinho dele, e era a companhia da minha mãe nas noitadas dela a fazer os tapetes de arraiolos, deitadinho aos seus pés, bem em cima do tapete!! Estava eu grávida de cerca de 6 meses quando o C faleceu. Chorei muito, choro quando me lembro dele, choro quando veja as fotografias, choro agora, e acho que chorarei sempre por aquele olhar meigo e doce! O meu pipoca não teve a oportunidade de o conhecer, e isso também me deixou triste... no baptizado um primo comprou-lhe um peluche com o tamanho real do C, embora castanho e branco, até a posição é igual à do C quando se deitava. O pipoca adora-o... e iria adorar o C, tenho a certeza!!
Quem adora animais decerto compreende o amor que todos tínhamos pelo C. Talvez por ser um amor tão grande é que praticamente lá em casa nenhum de nós fala muito dele... ainda dói a saudade. Mas quando falamos, a todos brilham os olhos de emoção!
Será para sempre o nosso C!!
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