Antes assim...

São quase 16.00h, estou na secretaria com o chefe e a minha querida amiga:

Enquanto ela atende uma cliente:

Eu - Tou com fome!

Chefe - Logo de manhã??

(risos...)

Cliente despachada e:

Eu - Tava a dizer ao chefe que tou com fome... E ele respondeu-me "logo de manhã?"

Ela - Ah! Eu às vezes, à noite, também tenho fome. Mas depois penso, "como amanhã"!

(e desata a rir à gargalhada da própria maluqueira!! )

Conclusão: risota geral; esta amiga é o máximo, faz-me rir tanto! Obrigada amiga (mesmo que não vejas este blog porque não sabes que existe... ainda!)

Ainda não dei aqui conhecimento da minha mais recente decisão importante!

Aqui há uns dias, na sequência de (mais) uma estúpida discussão por causa do dinheiro, fiquei triste, desanimada, decepcionada, e outras tantas palavras a acabar em nada que revelavam o meu estado de espírito justamente por isso: nada justificava aquela reacção; nada fazia prever que nos iriamos zangar tanto por causa do dinheiro; eu não exijo nada de extraordinário; nada faz sentido quando os nossos argumentos sequer são escutados... enfim, passando à parte importante. No dia seguinte, precisava urgentemente de me animar e de me sentir válida em alguma coisa.

Lembrei-me que dantes tricotar me enchia a alma, e não só! Fazia imensas camisolas, vestidos, calças, malas, etc para as Barbies, com encomendas das amigas e tudo (estão a ver há quanto tempo isto foi, não?? Sim, tudo para cima dos 20 anos...). E deu-me cá uma vontade de voltar a sentir aquela "cegueira" de aproveitar para fazer umas malhinhas em qualquer altura!! Sim. Decidi que ia voltar a tricotar. Até porque agora vai ser muito mais giro, porque posso fazer imensa coisa gira para o meu bebé lindo!

A minha fofinha também já disse que vai querer qualquer coisa. E as prendas de Natal este ano para os priminhos vão ser... adivinhem??? Cachecois e gorros. Certo!!!

A primeira peça já vai em franco crescimento: um lindo cachecol azul escuro, com a inicial do nome em vermelho,  para o meu bebé, claro!

P.S. A minha querida tia é que me anda a refrescar a memória e a ensinar umas coisitas - ela é super entendida no assunto, tricotou para fora uma série de anos e fez-me camisolas lindas - e a Sr.ª da loja das lãs e acessórios também se prontificou a ajudar, aliás, deu-me logo ali uma lições e ideias girissimas. Agora, é mãos à obra!!

Estou muito descansadinha na minha sala (que fica ao cimo das escadas) a trabalhar (quer dizer... a dar uma espreitadela pelos blogs do sapo... mas coisa rápida... e estou a confessar não é? Por isso não tem muito mal!). De repente oiço alguem entrar e começar a subir as escadas:

"pum, pum, pum.....CATAPUM!!!!!.....pum.....pum.....pum....."

Ups!! O canalizador, um tipo novo, convencido e vaidoso, com a mania de engatatão, ia caindo, ou caiu... chiça, não vi!!! Mas ouvi e he he he... não resisiti à maldade de me rir sozinha!!

Pronto, mas também não se pense que sou assim mázinha. Não sou... quer dizer, só um bocadinho. É que não gosto muito dele e tal... pronto, e ele também não se magoou, que continuou todo emproado a subir as escadas... devagarinho, claro! e a disfarçar. Palhaço!!

Dois dias passados e o bom humor continua!!

Será coincidência a ausência de alguém??

Pois é claro que quem se põem à "coca" no escurinho acaba por ver o que era suposto não ver!

À 1.30h da manhã o marido vê o vizinho da frente (mas que não fica bem em frente da minha casa, fica mais para a direita...) em movimentações estranhas. Não esquecer que estávamos qual Sherlock Holmes, a questionar tudo e todos... aí que ridículos!!!

Bom, o vizinho da "frente" é meu primo, afastadíssimo, mas é. Um "pobre" rapaz, meio "pastelão", mas bom coração (parece-me e até prova em contrário, para mim, é). O que é certo é que o vizinho este Verão construiu uma piscina para a filhota (e sobrinhas, e cunhados, e mulher, e todos os que lá passam o dia em altas gargalhadas... força, que isso é que é aproveitar a vida!) nas traseiras da casa. Aqui há dias, eram umas 23h e qualquer coisa quando estávamos a chegar a casa, passamos por cima de uma mangueira... ligada à boca de incêndio que fica no terreno do meu irmão, mesmo ao lado da minha casa. Ups... era suposto ninguém ter dado por nada?!?!

Assim, a noite passada, pela 1.30h da manhã lá o vizinho averiguou se ninguém o estava a ver... coitado, mal sabia dos dois ninjas da frente, completamente camuflados no cortinado!! Tudo calmo, estica a mangueira, liga na boca de incêndio, e pronto, enche na boa a piscina da filhota (e companhia) e por lá andou a "cirandar" com a mulher (muito mais espevitada, diga-se, mas de quem também não tenho razão de queixa) até cerca das 3.00h... eu já não vi o recolher porque fui dar mama ao bebé!!

Sabem que mais, era suposto ninguém ver, não era suposto nós estarmos a ver... mas com a onda de violência que vai neste pais, quem é que se importa com uns litritos de água "roubada" à rede?? Eu não, que ser assaltada ou levar um tiro me preocupa muito mais!! Força "primos" (ai meu Deus... uma jurista a incentivar ao delito, está tudo doido), a água é para a piscina da menina, por isso, olha, antes assim... podiam andar a assaltar carrinhas de valor, a dar tiros aos ourives da vila ou a fazer reféns no banco!! Isso é que era muito mau.

Continuando a minha emocionante explicação:

O marido lá começa a achar aquilo estranho demais e a concordar comigo que ninguém se iria dar ao trabalho de ir pôr pozinhos e bolinhas (QUE NÃO DESAPARECEM DO CHÃO, OK??)  para que nós sejamos muito felizes, tenhamos muito dinheirinho e realização profissional!! Ah pois é?? Isto anda meio mundo a tentar enganar outro meio, e é muito mais fácil descobrir a inveja mal disfarçada nos comentários dos outros do que um sincero sentimento de reconhecimento, ou mesmo contentamento, pelos nossos feitos. Desculpem a franqueza, mas eu nestas coisas sou muito "terra à terra" - não é esta expressão que é usada para caracterizar pessoas directas e que detestam cinismos? Se não é, desculpem e corrijam-me que não gosto de viver na ignorância!

Assim, ontem decidimos ficar à caça do(a) suspeito(a) (que eu acho que é uma (a)..., não sei, mas o meu sexto sentido, ou instinto feminino, ou maternal, ou lá o que seja, não me costuma deixar mal. Feliz ou infelizmente, que às vezes até me assusta, o raio do instinto.)

Conclusão: sim senhora até foi divertido. Não fazia assim uma directa desde... desde... não me lembro, mas desde há muito tempo. E com uma motivação destas a coisa tornou-se emocionante... mas não caçamos ninguém :(

Esta noite já não se adivinha tãaaaoooo emocionante... pois claro!! Estamos cheios de sono, é o que é! De qualquer forma o marido já mandou instalar um sistema de videovigilância e amanhã já vão instalar duas discretas câmaras, com luzes vermelhas e brilhantes que não se vêem nada à noite... mas pronto, mesmo que eu não cace ninguém, pelo menos devem parar de fazer estas porcarias na minha linda casinha!

Ai se eu apanho quem eu suspeito ser o(a) criminoso(a)... entenda-se (a), claro! É o raio do instinto...

É lógico que não deve ter dado para perceber muito bem o post anterior... pelo menos a parte da noitada e da caçada. Passo a explicar... o inexplicável:

Desde há cerca de 6 meses que começou a aparecer um pó branco no passeio de acesso à porta de entrada da minha casa (em tijoleira grés de breda... cor de tijolo, rugoso... dá para visualizar??). Seguindo, o dito pó branco dava a sensação de ter sido atirado pelo portão pequeno que fica junto da estrada (onde não há grande movimento). No inicio não liguei. Passei a ligar quando o marido começou a dizer que EU!!?? não lavava o chão da entrada!!!! Pronto. Isso é que não podia ser... é certo que quando o lavava ficava todo molhadinho, muito lindo... mas com um bebé pequeno não dá para ficar a admirar a "obra feita" e chão lavado, venha outra tarefa enquanto o bebé dorme...

Bom, lixivia, sonasol verde com amoníaco, detergente xpto do mais forte que há, ácido moriático... NADA!!! Nada tirou o raio do pó. Comecei a enfurecer-me e a questionar a origem e intenção daquela "pi"... de pó.

Há cerca de dois meses não é que me aparecem umas minúsculas bolas pretas e brilhantes no passeio, que derretem numa espécie de óleo e, ao fim de uns dias, formam uma auréola branca (idêntica ao pó)?? Mais do mesmo, em formato diferente!!!

Também não saem. Como a coisa começou a dar nas vistas e ouvi dizer que era bom pôr água a ferver com sal em cima destas..."coisas"... para cortar o efeito (já estão a perceber do que suspeito?? coisa boa não era.) vai de o fazer... de todas as vezes que apareciam as bolas... e começaram a ser muitas. O preto sai mais ou menos, mas o branco fica. O meu passeio está feio, porco, e acho que alguém anda a fazer bruxarias na minha entrada. Pronto, tá dito! Quem quiser acreditar acredita, eu acredito e as crenças de cada um devem ser respeitadas, certo??

Continua... post seguinte!!

Desde ontem à hora do almoço que tudo voltou a ser como era dantes... só não sei é até quando é que vai durar desta vez!!

A noite foi uma aventura!! Ficamos toda a noite acordados, só os dois, tão cúmplices no meio do êxtase de poder "caçar" alguém e de algum receio do que poderíamos ver... assusta um bocadinho passar toda a noite à janela... tudo escuro, tudo silencioso... e a ânsia de ver alguém aparecer e, ao mesmo tempo, o nervosinho miudinho de poder apanhar um susto... ridículo, eu sei.

Mas apesar da "caçada" não dar em nada foi divertido.

Falámos, rimos, ficamos em silêncio (talvez a pensar no que o outro estaria a pensar... ou não!), enfim, ficamos em apoio um do outro, e sabe tão bem esta sensação de companheirismo e entendimento!

É nestes pequenos momentos... se calhar aparentemente insignificantes... mas com um grande significado interior, que me acorda e remexe por dentro, e me faz ir bem lá ao fundo e ainda encontrar mais um bocadinho daquilo que me fez amar tanto!

Hoje o meu bebé lindo acordou às 7.00h... queria maminha, a mãe deu. Como o despertador estava programado para as 7.30h resolvi ficar deitada na cama dele e ele, todo contente, ficou por ali a "conversar" (tá... tápi... tátá... ti ti...), "deita a becinha" dizia eu, e ele lá deitava a olhar para mim, com um sorriso cumplice e maroto.

Quando o despertador tocou o meu bebé estava deitadinho de rabinho para o ar (como gosta de dormir) muito sossegadinho, mas acordadissimo... e foi com muita satisfação que viu que nos iamos levantar!! E cumpriu-se o ritual: levantar, fazer a cama com ele a esconder-se pelos lençois e edredon e, finalmente, ir acordar o "pá"!! Ele adora, mas só vai quando percebe que eu vou atrás. Se eu paro ele fica à espera a apontar para a porta e a dizer "pá" "pá"! Lá fomos. Ele entra devagarinho e encosta-se à cama à espera que o ponha lá em cima, depois atira-se ao pai com miminhos (alguns beliscões e algumas arranhadelas no meio da excitação de ver o pai a acordar...).

Voltámos à rotina, vou-me vestir e quando volto ao quarto encontro o marido todo tapado com o lençol... lembro-me dos primeiros tempos de casados, dos dois primeiros anos, que ele fazia o mesmo numa ronha e birra para não se levantar e eu metia-me com ele (sem medos de más respostas) e ele puxava-me e brincávamos. Enchi-me de certezas por dentro e, mais uma vez, considerei o meu orgulho, escondi o que sentia pelo que ele me tinha dito durante a semana toda que passou, destapei-lhe a cabeça, ele olhou espantado, dei-lhe UM BEIJO...

É pena que estes momentos durem tão pouco... antigamente era quase sempre assim... podia voltar a ser assim, não era?? E porque é que não volta??

Então e não me esqueci eu do "ti ti" (tou aqui)????

E do "tá tá" (já tá) a seguir a tudo o que faz, mesmo que seja uma coisa que não devia fazer e aquele "tá tá" dito com uma convicção que anula qualquer possibilidade de ralhete...

E joga tão bem às escondidas, e "telefona" tão bem, e é tão espectacular o meu bebé!! Fico orgulhosa quando percebe tão facilmente o que lhe dizemos e sai a andar em jeito de bêbado (que as pernocas ainda se atrapalham com a rapidez que lhe exigem) mas com um ar de "eu é que sei, deixa-me lá ir sozinho"... e eu deixo tudo! Quero lá saber se dizem que és mimado, mimo nunca é demais, é sempre de menos. Demais é a ingorância de quem recebeu pouco mimo e por isso não o sabe dar!

A ti meu bebé, vou encher-te de mimos o resto da vida, porque os meus são inesgotáveis, deliciosos de dar... e é tão bom receber os teus apertadinhos*!!

*Abracinhos apertadinhos, o mais fofo que há!