Hoje de manhã estava assim, muito bem disposta... e isto não é normal!!
Não sei se foi por a minha blusa branca, que se manchou toda de tinta azul, estar mais branca do que nunca, se é por andar felicíssima com a evolução da fala do meu pequerrucho (agora já diz "vó" - avó, "padeia" - padeira, "patiu" - partiu, "meni" - menino... é mesmo uma perdição!) Bom, o que é certo que hoje deu-me para aqui, e não sei mesmo porquê, passei a manhã muito divertida, com a minha querida amiga de trabalho e o chefe a ajudar!! Como nos bons velhos tempos.
Ao almoço, quando vinha a chegar reparei que o marido também vinha a chegar, e vinha do lado da casa dos pais... ele vem sempre assim a modos que esquisitinho de lá... Enfim, não estava muito mal. Mas perguntou-me "Sempre é hoje que vais às compras?" e eu disse que sim e invadiu-me um nervoso miudinho que ainda aqui anda... é que estou sempre à espera que um dia se concretize um dos meus piores pesadelos - o marido aproveitar a minha ausência por algum motivo e ir buscar o menino à minha mãe para ir para a mãe dele. Eu sei que isto pode parecer ridículo. É verdade que a minha raiva por eles (que é um sentimento tão feio, mas que não consigo evitar) me tira a racionalidade dos comportamentos e atitudes que por vezes tenho. Mas a verdade é que isto me atormenta, estou sempre a pensar "será que é hoje que lá vai?"... e não queria nada que fosse assim. Porque é que tem que me magoar tanto o facto de ele lá ir??
A resposta está no facto de eu sentir que eles não o merecem, que já lhe causaram sofrimento, mesmo que indirectamente, porque quando eu choro, quando ralhamos, quando o pai está triste, ele sente... e deve sofrer... Nunca fizeram nada para evitar os problemas, pior, criaram os problemas. Nunca fizeram grande questão de o ver, pior, eu é que o devia ir mostrar... urg... detesto este termo... mostrar um bebé, que estupidez... parece que é pano de amostra. E o que me irrita que todos os brinquedos que lhe compram tenham que ficar lá em casa (decerto, porque depois eu podia vê-los e querer brincar também, só pode). Coitadinho do meu filhote, se toda a gente que lhe desse prendas ficasse com elas... é que assim, mais parece que compram as coisas não para o menino mas para si, e depois deixam-no brincar quando lá vai. Mas eu sabia que ia ser assim. Isto é só o começo da "compra" e aliciamento. Com o filho é com dinheiro, com o menino vão ser os brinquedos.
E pronto. Já não estou tão bem disposta. Mas já desabafei mais um bocadinho. Não gosto muito de estar sempre com este assunto, mas nos dias que correm só me dá para aqui.
Bem disposta... eu sabia que estava a "adivinhar chuva", como se diz!!! Se as coisas continuarem bem com o marido, talvez a partir do meio do mês de Outubro (quando já tiverem passado as duas ocasiões horrorosas que me obrigam à presença deles) volte à boa disposição que sempre me caracterizou. Queria muito, muito mesmo!